domingo, 23 de maio de 2010

RAMO ESCOTEIRO


Especialmente concebido para atender às necessidades de desenvolvimento de crianças é jovens de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 11 e 14 anos, o programa educativo aplicado ao Ramo Escoteiro concentra sua ênfase no processo de criação e ampliação da autonomia, preparando o jovem para que, ao atingir a idade e as condições necessárias, prossiga sua formação, no Ramo Sênior. O programa é fundamentado na vida em equipe e no encontro com a Natureza, sem se descuidar de outros aspectos relacionados com o desenvolvimento integral da personalidade.

O Lema do Ramo Escoteiro é “SEMPRE ALERTA”.


CHEFIA DO RAMO ESCOTEIRO

Cada Tropa é dirigida por um Chefe de Seção, auxiliado por um ou mais Assistentes, sendo um deles designado substituto eventual do Chefe.

Conheça a Chefia. O Chefe de Seção e seus Assistentes são designados e exonerados pela Diretoria do Grupo, ouvido o Chefe de Seção, no que se refere aos seus Assistentes.Cada Tropa poderá ter chefia masculina, feminina ou mista.Qualquer pessoa com idade superior a dezoito anos, inclusive membros juvenis do Movimento Escoteiro, pode ser designada Instrutor de Escoteiros, por proposta do Chefe de Seção.

O Chefe de Seção é responsável pela direção e orientação da Tropa, sob supervisão da Diretoria do Grupo. O Chefe de Seção tem como principais deveres:

  • aplicar o programa educativo do Ramo;
  • treinar seus Monitores em suas funções e no domínio das habilidades e técnicas escoteiras, utilizando as reuniões da Corte de Honra ou as atividades especiais para graduados;
  • estabelecer a programação geral da Tropa, levando em conta as manifestações da Corte de Honra;
  • delegar à Corte de Honra o máximo possível das funções relacionadas com os assuntos internos de administração, finanças e disciplina;
  • orientar a formação dos seus Assistentes e de pessoas que estejam atuando na Tropa, com vistas a um futuro exercício de chefia de Escoteiros, delegando-lhes, na medida do possível, suas funções, a organização e a direção das atividades.

PATRULHA DE ESCOTEIROS

A Tropa é dividida em unidades, no máximo quatro, denominadas Patrulhas.

A Patrulha é uma equipe de cinco a oito jovens, constituindo uma unidade básica permanente, autônoma e auto-suficiente para excursões, acampamentos, trabalhos, jogos, boas ações, atividades comunitárias e demais atividades escoteiras.

Cada Patrulha tem como designativo um animal, uma estrela ou uma constelação. A patrulha tem o nome deste totem, e todos os seus componentes procuram conhecer detalhadamente suas principais características.

Os fatos marcantes na vida da Patrulha são indicados no bastão da bandeirola da Patrulha.

GRADUADOS NO RAMO ESCOTEIRO: MONITOR E SUBMONITOR

Cada Patrulha é dirigida por um dos seus integrantes, nomeado pelo Chefe de Seção para ser Monitor, após consultar a opinião da Patrulha e da Corte de Honra.

O Monitor é um jovem que está desenvolvendo sua capacidade de liderança. Como tal, é responsável pela administração, disciplina, treinamento e atividades de sua Patrulha. Preside o Conselho de Patrulha, organiza a programação das reuniões da Patrulha e das atividades ao ar livre, transmite aos seus companheiros os conhecimentos, as habilidades e as técnicas escoteiras e auxilia a chefia da Tropa na avaliação do desenvolvimento de cada um deles. Cabe-lhe, ainda, cuidar da disciplina e da boa apresentação da sua Patrulha, além de designar os encargos de cada um na administração da Patrulha ou em suas atividades.

O Submonitor é um jovem selecionado pelo Monitor, com a aprovação do Chefe de Seção e da Corte de Honra, para dar-lhe assistência, auxiliá-lo em todos os seus deveres e substituí-lo, quando ausente. O Submonitor é nomeado pelo Chefe de Seção.

ENCARGOS NA PATRULHA

Para o sucesso de suas atividades e, ao mesmo tempo, para assegurar a todos o desenvolvimento da capacidade de liderança, o Monitor e o Submonitor atribuem responsabilidades aos integrantes da Patrulha, a eles confiando encargos, mediante um sistema de rodízio, tais como:

  1. na Sede:
    1. almoxarife - encarregado da guarda e da conservação do material da Patrulha;
    2. secretário - encarregado da escrituração e dos arquivos;
    3. tesoureiro - encarregado da arrecadação de fundos e das compras;
    4. administrador - encarregado da organização e da manutenção do canto da Patrulha;
    5. bibliotecário - encarregado dos livros, manuais e demais publicações;
    6. recreacionista - encarregado de jogos e canções;
    7. outros - de acordo com as necessidades da Patrulha;
  2. em atividades externas e acampamentos:
    1. almoxarife - como na Sede;
    2. intendente - encarregado das compras e da guarda dos gêneros;
    3. cozinheiro - encarregado da preparação das refeições;
    4. auxiliar de cozinha - encarregado da lavagem do material de cozinha;
    5. sanitarista - encarregado da limpeza do campo, fossas, latrinas e incinerador;
    6. aguadeiro - encarregado de fornecer água para a cozinha;
    7. enfermeiro - responsável pela caixa de primeiros socorros e sua utilização;
    8. outros - de acordo com as características e necessidades da atividade.

CONSELHO DE PATRULHA

O Conselho de Patrulha é a reunião formal dos membros da Patrulha, sob a presidência do Monitor, para deliberar sobre assuntos de interesse da Patrulha, inclusive suas atividades, admissão de novos membros, problemas de administração, treinamento e disciplina. As atas de suas reuniões são lavradas no Livro da Patrulha.

LIVROS DA PATRULHA DE ESCOTEIROS

A Patrulha mantém o Livro da Patrulha, onde registra as atas do Conselho de Patrulha, a freqüência dos seus membros e todas as atividades realizadas, ilustrando-o com fotos, desenhos e outras anotações. Possui, ainda, um livro-caixa simples e outros livros e fichas.


CORTE DE HONRA

A Corte de Honra é o órgão formado pelos Monitores da Tropa, com ou sem a presença dos Submonitores, presidido por um dos Monitores eleito pelos demais. O Chefe de Seção e seus Assistentes participam das reuniões da Corte de Honra, onde atuam apenas como conselheiros.

A Corte de Honra é responsável pela administração interna da Tropa, inclusive aplicação dos fundos provenientes de contribuições pagas pelos membros da Tropa, e pela programação das atividades interpatrulhas. É, principalmente, responsável pela defesa da honra da Tropa, mantendo altos padrões de capacitação técnica, assegurando um nível elevado de disciplina, organização e apresentação e julgando os casos de quebra do compromisso representado pela Promessa Escoteira.

A participação dos Submonitores é especialmente útil naquelas reuniões que abordam temas mais amplos, como a programação anual ou a organização de um grande acampamento. Nos casos de julgamento, são assegurados o comparecimento e o direito de defesa do interessado, só se fazendo em sua ausência se, convocado por escrito por duas vezes, recusar-se a comparecer.

As reuniões da Corte de Honra são todas secretas, e nenhum dos participantes pode comentar suas decisões, exceto no que tiver que ser levado ao conhecimento das Patrulhas, pelos respectivos Monitores, ou da Tropa, pelo Chefe ou seus Assistentes. As atas dessas reuniões são lavradas em livro próprio por um dos seus membros, designado escriba, permanecendo o livro sob a guarda do Chefe de Seção.

O Chefe de Seção tem o poder de vetar as decisões da Corte de Honra, mas só o exerce em casos excepcionais que impliquem riscos para a segurança física, para a moral ou violação dos regulamentos escoteiros. Quando da aplicação do veto, a decisão é levada ao conhecimento da Diretoria do Grupo.

CONSELHO DE MONITORES

O Conselho de Monitores é a reunião conjunta das Cortes de Honra das diferentes Tropas do Ramo Escoteiro de um mesmo Grupo, com ou sem a presença dos Submonitores, para tratar de temas de interesse comum. Também pode ser a reunião das Cortes de Honra de Tropas de Grupos diferentes, para o planejamento de atividades conjuntas. O Conselho é presidido por um Monitor, escolhido no início da reunião, atuando os Escotistas presentes como assessores, se solicitados.

CONSELHO DE TROPA

O Conselho de Tropa é formado por todos os Escoteiros e se reúne quando é necessário visando sugerir a inclusão de atividades na programação anual, avaliar uma atividade logo após sua realização e emitir opiniões sobre decisões especialmente relevantes para a vida da Tropa.

O Conselho de Tropa apenas sugere e avalia, cabendo as decisões à Corte de Honra.

O Conselho de Tropa é dirigido pelo Presidente da Corte de Honra.

O Chefe de Seção e seus Assistentes atuam como conselheiros e sintetizadores dos assuntos em discussão.


ATIVIDADES DO RAMO ESCOTEIRO

As atividades do Ramo Escoteiro são verdadeiras aventuras! Acampamentos em locais fantásticos, jornadas por caminhos difíceis, tudo feito em perfeita harmonia com a natureza e com o devido preparo. É por isto que os escoteiros se reúnem em sede: para estarem Sempre Alertas, bem preparados para suas atividades ao ar livre!

ATIVIDADES CO-EDUCATIVAS

As Tropas de Escoteiros e de Escoteiras empreendem atividades em conjunto, as quais levam em conta as características e necessidades dos jovens de ambos os sexos, cumprindo programação elaborada em conjunto pelas chefias das Tropas participantes.

Os pais ou responsáveis são avisados, se a chefia de qualquer das Tropas participantes não estiver presente à atividade.


O ESPÍRITO DE PATRULHA

"O Espírito de Patrulha é a disposição moral, é a atmosfera especial e o ambiente em que a Patrulha se desenvolve, criada entre seus escoteiros.
Sua presença se manifesta até nas palavras mais insignificantes nos fatos e gestos de cada jovem.
O mútuo auxílio e abnegação são as duas virtudes principais que irradiam o Espírito de Patrulha."

Tendo como base a Promessa e a Lei, os meios para fazer germinar e enraizar profundamente o Espírito de Patrulha são:

  • A Bandeirola da Patrulha
  • O Código da Patrulha
  • O Lema, a Divisa e o Grito da Patrulha
  • O Canto de Patrulha
  • O Diário da Patrulha

A Bandeirola da Patrulha

A Bandeirola, com as dimensões máximas de 28 x 40 cm, tem as cores características da Patrulha e exibe seu nome ou um desenho que o caracterize.

Certamente não foi Baden Powell quem inventou; As Legiões Romanas já usavam e algumas Tribos Indianas levavam também o nome de animais.

Pois o que B.P. inventou foi fazer viver este totem nas patrulhas; posto pelos 6 ou 8 escoteiros que escolhem como emblemas. E será a primeira coisa em que pensará a nova patrulha a ser fundada, buscar seu totem, que será o emblema e sua bandeira; e suas cores decorarão o Canto de Patrulha e será a do distintivo da Patrulha. Os bons costumes e as qualidades imitadas pelos escoteiros (desprezível, depois de ter sido elevado a um plano moral), enfim, o gênero de vida e seus costumes empregam na sua palavra toda existência da Patrulha.

Esta Bandeirola, sem ser objeto de uma veneração, feita, é honrada e querida por todos escoteiros da Patrulha. É uma vergonha ver uma Bandeirola atirada ao chão, toda cheia de manchas, representando uma "Patrulha sem espírito".

O bastão da Bandeirola é ricamente decorado e adornado com troféus, entalhes ou desenhos pirografados, recordando os feitos famosos da Patrulha, os acampamentos, os nomes dos antigos monitores, etc.

O Código da Patrulha

A Patrulha pode ter seu código e decidir sua lei própria, que todos os escoteiros da Patrulha se esforçarão em observar.

É evidente que não deve ser outra lei escoteira, mas sim uma aplicação prática, na vida corrente, do espírito dessa Lei.

O estilo e a forma do código serão cuidadosamente revisados.

Em todo caso, só o farão se sentirem que o ambiente necessita e que é propício para o bem da Patrulha, e não iniciarão um código sem antes tomar a opinião do Chefe da Tropa, que julgará oportuno ou não e aconselhará se necessário, no modo de realizá-lo.

O Lema, a Divisa e o Grito da Patrulha

A Patrulha se esforça em escolher uma divisa que seja sempre o seu programa, um grito claro, reto, que junta todas as vontades da Patrulha e agrupa em um conjunto de versos.

Algumas divisas:
"Silenciosamente para o triunfo"
"Primeiro a morte que a desonra"

Alguns gritos:
"Voa, voa, voa,
Coruja no Ar!
Voa pelo Brasil
Sempre Alerta pra ajudar!"

"De norte a sul, leste e oeste
vence a águia toda guerra.
Não para o mal, sim para o bem,
ajuda a todos sem olhar a quem!"

Enfim, por que tua Patrulha não pode ter um escudo como as grandes famílias da época medieval, escudo (símbolo) com as cores da patrulha simbolizando seu emblema e sua divisa como os totens dos povos pré-históricos da América?

Que esplêndido enfeite para o Canto de Patrulha!

"Todo Escoteiro na Patrulha aprenderá a dar uma chamada que se pareça com o grito do animal escolhido. Assim, os "Buldogue" devem imitar o grunido do buldogue. Este é o sinal quando os escoteiros da Patrulha se comunicam entre si, quando estão escondidos de noite, em algum jogo. A nenhum outro escoteiro é permitido usar outra chamada que não seja a de sua Patrulha. O monitor da Patrulha reúne esta a qualquer momento fazendo suar o grito de chamada da Patrulha." B.P.

O Canto de Patrulha

"A INTIMIDADE E A COMODIDADE do Canto de Patrulha são uma garantia para o êxito das reuniões e para o Espírito de Patrulha".

Atmosfera do Canto de Patrulha

Nunca abra reunião íntima sem canto de Patrulha íntimo. Por outro lado, o trabalho coletivo, dividido entre os membros da Patrulha pode ser feito construções e manter o canto de Patrulha; será um grande exercício para o espírito da Patrulha.

Então o primeiro cuidado do novo Monitor será dedicar-se a construir o canto de Patrulha. E não terá momento de repouso antes que tenha terminado.

Pois, como construí-lo? Que estilo dar-lhe? Por que um? Porque um local sem estilo é senão um hangar. Ao Conselho de Patrulha lhe cabe escolher o estilo que entre de acordo com o seu gênero, com os seus gostos; Camarote de barco, gruta de idade da pedra, cabana de lenhador, tenda de índio, cabana de africanos, pagode chinês, sala feudal, ou também estilo moderno...

A construção, ornamentação, mobiliário e parede ou divisão, estarão em função do estilo geral do local, assim como das condições do mesmo.

A ornamentação não deve ser sobrecarregada: teu Canto de Patrulha não é uma exposição de pinturas, etc. Mas valem algumas decorações e adornos determinados.

Outra coisa será a limpeza do local: desde o começo a Patrulha deve tomar o hábito de ter o Canto de Patrulha limpo e em ordem; não basta limpar a sujeira superficialmente, mesmo o pó aparecido testemunhará um espírito de negligência que irá sempre ampliando... Um local sem ordem não é senão um curral.

Outra coisa mais: o Canto de Patrulha deve sair o menos caro possível; eliminar as compras exageradas, não compre nada que possa ser feito pelos escoteiros da Patrulha. Se tem mais satisfação por um objeto fabricado por si mesmo, que por um comprado.

Ordem do Canto de Patrulha

Decoração Mural: evitem as cores muito vivas ou muito berrantes. As cores pálidas são muito mais aconchegantes.

A parte de figuras pirografadas deve normalmente ter:

  • Um quadro de técnica indicando o grau de formação dos membros da Patrulha (Classe e especialidades).
  • Um quadro de sinais de pista.
  • Um quadro de nós.
  • O animal totem da Patrulha.
  • O quadro de honra da Patrulha.

Mobiliário

  • Cadeiras baixas e mesa. As cadeiras ou bancos podem servir de cofre ou arca individual.
  • Armário para a biblioteca, para o material e os arquivos de Patrulha.
  • Estantes ou caixas para as ferramentas.
  • Museu, Armazém ou caixa de mantimentos (sobras de acampamento, não perecíveis). Não precisamos mais do que escoteiros fazerem de seu Canto de Patrulha, um pequeno lugar íntimo e agradável.

O Diário da Patrulha ou Livro de Ouro

Poderia se definir assim: Um livro adornado (deve ser uma "Obra de Arte") e semi-secreto (não abre-o qualquer um) contendo as tradições da Patrulha referentes a sua história, seus costumes, seus feitos famosos, seu espírito, seus antepassados...

Insistimos nestas duas qualidades:

  1. Ser uma "Obra de Arte", feita com cuidado.
  2. Ser semi-secreto e de uso cerimonioso. (Não se abre senão nas cerimônias, seguindo um rito fixado. Somente os escoteiros que tenham feito a Promessa podem vê-lo. Em tempos normais, será escondido onde somente alguns indicados conhecem).

Conterá:

  1. O totem da Patrulha, seus costumes:
    O escudo (emblema) da Patrulha
    A Divisa
    O Código da Patrulha
    A Oração da Patrulha
    O Hino da Patrulha
  2. A lista dos antigos Monitores, Submonitores e escoteiros da Patrulha.
    _ O nome dos Escoteiros da Patrulha e o dia da Promessa.
    _ A lista dos acampamentos e das atividades que a Patrulha participou.
    _ As vezes que a Patrulha conquistou o a bandeirola de Eficiência e Troféus recebidos.
    _ Lista das Classes e Especialidades conquistadas por escoteiros da Patrulha.
  3. A História da Patrulha descrita por anos de recordações de grandes aventuras e feitos da Patrulha.

Esta última parte especialmente será acompanhada com fotografias, croquis, desenhos, recortes, etc...

Algumas outras sugestões:

  • É conveniente que juntamente com o Diário da Patrulha esteja um caderno de informações, onde será resumido ou serão escritas as reuniões e excursões, as explorações e os acampamentos. Ademais, se inclui as assistências, as decisões tomadas e um breve resumo do Conselho de Patrulha.
  • Cada escoteiro por turno faz o informe cujas qualidades devem ser Qualidade e Concisão.
  • O Caderno de Canções de Patrulha no qual se escreve as novas canções.
  • E para terminar, é bom dizer que a primeira manifestação do Espírito de Patrulha será com certo orgulho de ser da Patrulha, e por ela lutar com fibra e amor. Direitos reservados http://www.jacuiescoteiros.com.br/

TOTEM

O simbolismo do totem

O totem de patrulha é composto pelo bastão e bandeirola, e é utilizado pelos escoteiros e seniores. Ele simboliza os ideais, os trabalhos e triunfos realizados pelos seus membros, mantendo elevado espírito que deve reinar entre todos.

No totem de patrulha escoteira está presente um animal, enquanto que no de patrulha sênior tem um desenho indígena ou um acidente geográfico para representar a patrulha

O totem de patrulha para que realmente possa pertencer a todos os membros da patrulha deve ser feito por ela mesma, sendo que o projeto deve ser discutido no Conselho de Patrulha, no qual os jovens levam suas sugestões para resolver a parte do trabalho que a cada um cabe fazer.

Esse totem, sem ser objeto de veneração, deve ser honrado e querido por todos os membros da patrulha. Que vergonha para a patrulha em ver seu totem atirado ao chão, ou num canto qualquer cheio de manchas, ou servindo de muleta para o monitor.

O bastão da bandeirola será ricamente adornado com as eficiências e desenhos pirografados, recordando os feitos famosos da patrulha: acampamentos, nomes dos antigos monitores, etc.

O bastão é um cabo de madeira com 1,60m de altura. É muito utilizado em jogos e avaliações. Normalmente possui gravações com sinais de pista, figuras escoteiras, datas de atividades, medidas, etc. É um dos símbolos maiores da patrulha e deve ser tratado com muito respeito. Sua guarda é de responsabilidade do monitor.

A bandeirola da patrulha deverá medir no máximo 28x40cm, terá as cores características da patrulha e exibirá seu nome ou um desenho que a caracterize.

O bastão totem da alcatéia é um bastão encimado por um lobo, ou cabeça de lobo. É utilizado apenas um totem para toda uma alcatéia. Normalmente colocam-se fitas no bastão, sendo uma fita para cada lobinho.

Uma tradição escoteira bem antiga é o totem de tropa, simbolizando animais ou motivos indígenas que representam suas patrulhas.

Esse tipo de totem, já em desuso, era esculpido rusticamente em um tronco de árvore pelos próprios escoteiros ou seniores da tropa. Seu tamanho era variado e dependia do local onde ele seria exposto: se dentro da sede, ou do lado de fora.

À medida que o tempo passa, o totem tem um significado cada vez maior e mais profundo para seus membros de patrulha ou de alcatéia, transformando-se em verdadeira história viva.

Veja exemplos de totens de tropa e aproveite essa idéia:

Lenda de São Jorge


São Jorge nasceu na Capadócia, no dia 23 de Abril do ano 303 da nossa era. Aos 17 anos alistou-se na cavalaria e cedo se notabilizou pelo seu valor.

Certa vez chegou a uma cidade chamada Selem, perto da qual havia um dragão que devorava diariamente um dos habitantes da cidade tirado à sorte.

No dia em que S. Jorge ali chegou, tocava a sorte a Cleolinda, filha do rei. Tanto os habitantes da cidade como o rei estavam desesperados e diziam que era impossível salvar a princesa. S. Jorge, entendeu que ela não devia morrer e desafiando o perigo foi atacar o dragão, que vivia num pântano próximo e matou-o, apenas com uma lança.

O rei muito satisfeito, em troca do seu acto de bravura, disse que lhe oferecia o que ele desejasse, e chegou mesmo oferecer a mão de Cleolinda em casamento, mas, S. Jorge como cavaleiro que era, agradeceu mas recusou, pois o que ele tinha feito fora de boa vontade e não tinha em ideia qualquer tipo de recompensa.


São Jorge é o Patrono dos Escoteiros, e no Dia de São Jorge, ou seja 23 de Abril, festeja-se também o Dia Mundial do Escoteiro.

Como escoteiros, devemos seguir o exemplo de S. Jorge, primeiro porque tal como São Jorge, o escoteiro não deve fugir às dificuldades e para ele nada é impossível. Segundo porque assim como São Jorge, também os escoteiros tomaram o compromisso de auxiliar os outros sem pedir recompensas em troca (lembrem-se lá do vosso compromisso de honra).

Adaptado de AEP107 Cascais

Cozinha

Alguns conselhos úteis

Uma patrulha prevenida (e que goste de se alimentar bem) deve levar para campo, uma panela grande, um tacho (que também possa servir de frigideira), uma grelha, uma cafeteira, facas bem afiadas, abre-latas, rolo de alumínio, bastantes panos limpos, colheres de pau, etc.. Existem algumas boas cantinas em que as tampas se transformam em frigideiras e em pratos. Uma cantina é fácil de arrumar e é um bom investimento para uma patrulha.

Para manter as panelas limpas, sem que dê trabalho a esfregar só há um método: untá-las abundantemente com banha por fora e polvilhá-las com areia ou terra fina. Depois de usadas, basta retirar a areia para que fiquem como novas. Esta técnica bem empregue evita exaustivos e fastidiosos trabalhos de esfregão.

Enquanto comem a refeição, aproveitem o brasido para colocar a cafeteira grande ao lume.
No fim do repasto terão água quente para um chá ou café e ainda para lavar a loiça. Lavar a loiça com água quente demora metade do tempo.

Bastão do Escoteiro

Um grande auxílio na superação de obstáculos

O bastão ou vara é utilizado pelos escoteiros e seniores. Normalmente as tropas adotam apenas um bastão por patrulha: o bastão de patrulha, que carrega a bandeirola que a representa.

O próprio Baden-Powell recomendava que cada escoteiro tivesse um bastão para atividades de campo, principalmente para auxiliar o escoteiro na superação de obstáculos (aclives, por exemplo). Na cidade, principalmente em atividades de sede, sua necessidade é contestável em função de sua utilidade. Não há regulamentação específica para seu uso, logo acredito que cada tropa deve avaliar sua utilização.


O bastão do escoteiro é um instrumento indispensável a qualquer escoteiro que se preze.

Um escoteiro que não tenha a sua vara em perfeito estado e não saiba utilizá-la, certamente não é escoteiro.

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1- Unidas entre si pelas mãos dos escoteiros e conservadas horizontalmente, servem para fazer uma barreira;

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2- Usada como vara de saltos serve para atravessar cursos de água;

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3- Pode servir para puxar alguém
que caiu a um rio ou poço;

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4- Colocada aos ombros de dois escoteiros serve para transportar qualquer coisa, dividindo o peso pelos dois;

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5 - Com uma peça de roupa atada e agitando-se no ar serve para chamar a atenção ao longe;

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6- Quando alguém se machuca num tornozelo,
serve como muleta;

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7- Colocadas em forma de tripeça, para sustentar uma bacia, dão um bom lavatório de campo;

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8- Em tripé, podem sustentar uma panela ao lume, ou uma lanterna;

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9- Serve de estendal para roupa a secar,
colocada entre os ramos
de uma árvore ou arbusto;

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10- Com a ajuda de espias,
pode-se improvisar uma escada;

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11- Com um toldo formam um abrigo de emergência para a chuva;

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12- Passada entre as pernas,
serve temporariamente de «banco»;

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13- Colocada ao ombro ou segura nas mãos entre dois escoteiros, forma um bom degrau para outro escoteiro escalar um muro;

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14- Apenas com uma, ou com várias ligadas umas às outras, serve para medir a profundidade de ribeiros, lagos ou tanques;

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15- Atando ramos numa extremidade pode ser usada como uma vassoura rudimentar;

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16- Com várias se constrói facilmente
um mastro de bandeira;

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17- Ao atravessar um ribeiro a vau, serve como um óptimo apoio para manter o equilíbrio;

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18- Segura com as duas mãos em cima das nádegas e por baixo da mochila, ajuda a aliviar o peso desta nas costas;

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19 - Serve de apoio para longas caminhadas
ou subidas íngremes;

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20- Serve para testar o terreno à nossa frente,
quando está coberto de ervas e não temos a certeza de ser enlameado ou seco;

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21- Como apoio, ajuda a manter o equilíbrio em descidas muito acentuadas, ou a andar lateralmente em terrenos muito inclinados;

22- Fazendo dela alavanca, serve para remover grandes pesos;

23- Com uma manta, espia ou roupas, servem para improvisar uma maca de transporte de feridos ou material;

24- Como defesa contra ataques de animais selvagens ou cães vadios;

25- Com uma "armação" em sisal, pode servir para puxar para a margem um objecto flutuante;

26- Serve de registo da vida escutista do dono, dos locais de actividades, noites de campo, etc.;

27- Se caíres no gelo, num lago ou rio gelado, ajuda a manteres-te à superfície;

28- Com mais companheiros agarrados à vara, conseguem atravessar um ribeiro turbulento mantendo mais equilíbrio do que sozinho;

29- Em caso de início de fogo florestal, serve como batedor para reduzir as chamas;

30- Serve para abrir ou alargar trilhos, principalmente em zonas de silvas;

31- À beira de um rio ou lago serve bem com cana de pesca;

32- Na vertical ou na horizontal pode servir para se praticarem nós e amarrações;

33- Batida regularmente no chão, durante uma caminhada, serve para deixar uma boa pista para alguém que precise de fazer o mesmo trajecto;

34- Com uma espia atada, pode-se lançar por cima de um tronco de uma árvore para depois fazer passar a espia;

35- Numa noite escura e em mato denso ajuda a «apalpar» o caminho;

36- Enrolada na vara, e a servir como pega, podes trazer sempre um espia amarrada em falcaça, com um comprimento fixo de 1 ou 2 metros, que podes usar sempre que precisares de medir distâncias.


adaptado da extinta Megapágina

Totens de Patrulhas


Baden Powell dizia que cada Patrulha num Grupo deveria ter o nome de um animal e que era bom critério escolher apenas animais e aves que se possam encontrar na região.

Baden Powell achava também que "Cada escoteiro deve saber desenhar sumariamente o animal da patrulha e servir-se do desenho como assinatura."

Aqui ficam os desenhos feitos pelo próprio BP, de todos os animais que escolheu como possíveis para uma patrulha.

Antílope

Verde e caqui

Antílope

Azul escuro e branco

Texugo

Lilás e branco

Morcego

Azul claro e preto

Urso

Castanho e preto

Castor

Azul e amarelo

Alcaravão

Cinzento e verde

Melro

Preto e caqui

Búfalo

Vermelho e branco

Touro

Vermelho

Cão de Fila

Azul claro e castanho

Tetraz

Castanho e cinzento

Gato

Cinzento e castanho

Gralha

Preto e vermelho

Cobra Capelo

Alaranjado e preto

Galo

Vermelho e castanho

Corvo Marinho

Preto e cinzento

Galeirão

Púrpura e cinzento

Cuco

Cinzento

Maçarico

Verde

Rola

Cinzento e branco

Águia

Verde e preto

Elefante

Púrpura e branco

Falcão

Castanho e alaranjado

Raposa

Verde

Ganso-Patola

Amarelo e azul escuro

Cerceta

Castanho e verde

Tarâmbola Dourada

Alaranjado e cinzento

Lagópode

Castanho claro e escuro

Açor

Cor de rosa

Garça

Cinzento

Hipopótamo

Cor de rosa e preto

Cavalo

Preto e branco

Cão

Alaranjado

Hiena

Amarelo e branco

Chacal

Cinzento e preto

Canguru

Vermelho e cinzento

Francelho

Azul escuro e verde

Guarda Rios

Azul de alcião

Leão

Amarelo e vermelho

Esmerilhão

Azul escuro e castanho

Mangusto

Castanho e alaranjado

Noitibó

Preto e amarelo

Lontra

Castanho e branco

Mocho

Azul

Pantera

Amarelo

Pavão

Verde e azul

Pavoncino

Verde e branco

Pelicano

Cinzento e roxo

Branco e alaranjado

Faisão

Castanho e amarelo

Tadorna

Castanho e cinzento

Papagaio do mar

Cinzento e amarelo

Coati

Preto e castanho

Carneiro

Castanho

Cobra Cascavel

Cor de rosa e branco

Corvo

Preto

Rinoceronte

Azul escuro e alaranjado

Gaivota

Azul claro e escarlate

Foca

Vermelho e preto

Squa

Azul escuro e caqui

Narceja

Azul escuro e escarlate

Gazela

Escarlate e amarelo

Esquilo

Cinzento e vermelho escuro

Veado

Roxo e preto

Estorninho

Preto e amarelo

Cartaxo

Castanho e preto

Cegonha

Azul e branco

Petrel

Azul escuro e cinzento

Cisne

Azul escuro e cinzento

Andorinhão

Azul escuro

Tigre

Roxo

Morsa

Branco e caqui

Noitibó Americano

Amarelo e castanho

Pato Marreco

Caqui

Javali

Cinzento e cor de rosa

Lobo

Amarelo e preto

Galinhola

Castanho e lilás

Pica-pau

Verde e roxo

Pombo Bravo

Azul e cinzento

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